Sobre nós

Somos a Sauti Yetu e promovemos Justiça Linguística

A história da Sauti Yetu Justiça Linguística começa em 2018, com o lançamento do Programa ESJ – English & Social Justice, curso de inglês afrocentrado voltado para ativistas, acadêmicas/os negras/os e periféricas/os. E com um convite do Movimento de Favelas do Rio de Janeiro a uma de nossas intérpretes-fundadoras para interpretar em sua conferência internacional, Julho Negro. Desde então, já ajudamos mais de 500 pessoas a ter vivências na língua inglesa dentro e fora de sala de aula.  Interpretamos em conferências e encontros  internacionais na América Latina, Caribe, EUA e Europa. Crescemos no coletivo, aprendemos em comunidade e contamos com estudantes engajados,  professores dedicados,  clientes no Brasil e no exterior também comprometidos com o objetivo comum de promover a justiça linguística como princípio inclusivo que orienta aprendizagens, desenvolvimento profissional, construção de movimentos globais e  comércio internacional justo.

Unimos ainda mais nossas vozes e expandimos a Sauti Yetu como uma plataforma multirresoluções para promoção da Justiça Linguística. Para além do ensino de línguas, também estamos criando pontes para que mais estudantes negros, indígenas, periféricos e da comunidade LGBTQIA+ tenham acesso à educação internacional e conectem-se com ativistas, artistas, e acadêmicos no continente Africano e na Diáspora Africana, por meio do programa mentorias para oportunidades de bolsas de estudos e pesquisa no exterior, e da iniciativa de intercâmbio cultural e político – O programa Embaixadas Populares. Nossa missão é possibilitar que pessoas negras escritoras, acadêmicas, artistas e de movimentos sociais ampliem suas vozes no exterior e possam participar de conferências, organizarem projetos internacionais colaborativos de impacto, além de terem a possibilidade de publicar suas obras em várias línguas.

Nossa estrutura financeira segue princípios do cooperativismo de autogestão coletiva e economia solidária. Este é um esforço colaborativo para democratizar o acesso ao aprendizado de idiomas estrangeiros e o mercado de tradução/interpretação e publicação multilíngue subvertendo o uso elitista deste mercado e fomentando discussões sobre questões sociais por meio de textos literários, acadêmicos e jornalísticos, músicas e poesias de autorias negras e periféricas/os.

Quem faz a Sauti Yetu acontecer

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Eliane Silva

Co-fundadora Sauti Yetu

Eliane da Silva é  graduada em Letras (Língua Portuguesa/Inglesa) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Fez Mestrado em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo,  e o  Doutorado em Estudos de Literatura pela Universidade Federal Fluminense. Atuou na  Editora Pearson Education como professora especialista/conteudista  de materiais didáticos na área de cultura afro-brasileira e redação. Bem como, foi  professora convidada, na área de literatura afrocentrada, no curso de pós-graduação – Faculdade de educação da UEMS/Dourados; e ensino de língua portuguesa para haitianos, como parte de uma proposta da Faculdade de Psicologia/UFGD.

Sempre foi muito inventiva e instigada a criar histórias. Assim,  desde cedo se agarrou nas palavras, nos giros da imaginação e suas completudes a fim de buscar um porto seguro. Recebeu alguns prêmios literários, sendo os mais recentes: 2023 – Prêmio Conceição Evaristo de Literatura afrofuturista (classificada); 2022 – Cartas Para Esperança/FLUP; 2011 – II Prêmio Construindo a Igualdade Racial, Secretaria Municipal de Participação e Parceria – Prefeitura de São Paulo. É também autora dos/nos Livros: Virgin Mary – The Titles of an unique woman; Cartas Para Esperança/FLUP; Literatura afro-brasileira, presente!; Negritude em Voz: Educação, Língua e Literatura; Texto, Discurso e Sentidos; Leituras amazônicas & brasileiras,  e outras obras mais. 

Já trabalhou, e ainda trabalha, na área técnica editorial,  com respeito e articulando com os mais diversos modos de pensar de escritoras/es para o desenvolvimento de obras que abordam negritude, feminismo e indigeneidade. É associada à ABPN e ao Cepegre. Revisora de textos, copidesque e desenvolvedora de conteúdo há mais de 15 anos. Ela também atua como  avaliadora ad-hoc de algumas revistas científicas.

Priscilla Ferreira

Co-fundadora Sauti Yetu

Priscilla Pinto Ferreira é intérprete comunitária, professora de inglês, educadora popular, ativista negra e feminista há mais de duas decadas, pesquisadora e professora universitária nos EUA, fundadora do curso de ingles afro-centrado English & Social Justice e idealizadora e co-fundadora da Sauti Yetu Justiça Linguística. 

Poliglota e com carreira internacional há 25 anos, desde criança foi tocada pelo mágico poder que os idiomas tem para conectar culturas, pessoas, ideias e movimentos plurais,   quando aos 8 anos se encantou com a sonoridade linguística e as capulanas das primeiras pessoas estrangeiras que conheceu na sua pequena cidade natal no interior do Mato Grosso do Sul, duas estudantes africanas de Costa do Marfim. 

Na adolescência, buscou e conseguiu o inusitado para jovens de sua origem social, racial e geográfica, que foi fazer intercâmbio estudantil nos Estados Unidos e na França. Tornou-se bacharel  em Ciências sociais pela USP, depois bolsista de açoes afirmativas para negros/as do Instituto Rio Branco-Itamaraty para se preparer para a carreira diplomatica. 

Mudou-se para os EUA para fazer mestrado em Estudos de Paz e Mediação de Conflitos Internacionais, como bolsista do Centro de estudos de Paz do Rotary Duke-University-University of North Carolina.  É mestra e doutora em Geografia pela Universidade da Carolina do Norte-EUA, e pós-doutora em estudos Negros e Latinos pela Universidade de Austin no Texas. Atualmente é professora concursada de Geografia e Estudos Latinos e Caribenhos na Universidade Estadual de Nova Jersey-Rutgers University. 

Um dos seus grandes desafios de vida foi o isolamento que uma carreira internacional significa para as poucas mulheres negras que conseguiram construir tal trajetória, sobrepondo fronteiras elitistas, racistas, xenófobas e excludentes dentro e fora do Brasil. 

Sua paixão mais deliciosa é criar e compartilhar oportunidades de educação e experiências internacionais com a sua gente negra, periférica, quilombola, indigena, LGBTTQIA+, ativista, artista, e acadêmica para que nosso povo se encontre, se reconheça e organize movimentos de justiça global, rompendo barreiras de mobilidade e ascensão social através de nossas próprias vozes, saberes e aspirações.

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Nossa missão

Nossa missão é facilitar a comunicação e intercâmbios para grupos sub-representados, oferecendo tradução, interpretação e consultoria.

Visão

Movimento global de justiça linguística que inspire, conecte e fortaleça movimentos sociais, pesquisas, publicações e negócios de pessoas negras, indígenas, periféricas e LGBTQIA+ e seus apoiadores pelo mundo.

Valores

• Justiça racial e linguística;
• Cooperativismo e economia solidária;
• Igualdade de voz e de saberes;
• Feminismo expansivo;
• Solidariedade internacional;
• Oportunidades equitativas;
• Justiça global.

Quem já contratou os serviços Sauti Yetu

Justiça linguística para criar novos futuros

A justiça linguística reconhece que as desigualdades linguísticas podem levar a desigualdades sociais, econômicas e políticas, e busca abordar essas disparidades por meio de políticas e práticas que promovam trocas culturais, movimentos globais, negócios e pesquisas internacionais.